segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um Cordel para o BBB


Vem aí a

Edição nº

300!

"DEMOCRATIZANDO A COMUNICAÇÃO - Coluna de Noticias"

"Uma forma diferente de Noticiar!"

Ano II. - Fontes de informação: rádios, tvs, jornais e e-mails.

*Hermes Alves de Oliveira, idealizador e editor – Criado em 13 de outubro de 2007.

Contatos telefônicos: (084) 9921-5275/8848-2592 ou 9948-4013.

Contatos eletrônicos – hermesoliveira1@hotmail.com / http://democratizandoacomunicacao.blogspot.com

Mossoró/RN, 07 de fevereiro de 2010.

 

Prezado jornalista Emery Costa e demais amigos, bom dia!

 

Lendo sua coluna, me deparo com mais uma referência ao besteirol do BBB. Já publiquei no DC - Coluna de Notícias uma denominação bem interessante: BBB - Bando de Bestas Brasileiros, claro que não é a mesma coisa de bando de brasileiros bestas. Mas quero acrescentar que o bando ou bandos, são os que não têm o que fazer e se dispoem a participar. O outro bando são os que, iqualmente, também não tem o que fazer e sentam em frente a "telinha" para o besteirol apreciar.



A propósito, mais abaixo, envio-lhes um cordel a respeito do BBB que nos foi enviado pelo Prof. Luiz Carlos Martins (UERN), que repasso com todo o prazer.

 

Saudações democráticas,

Hermes Oliveira.



EMERY COSTA ESCREVEU EM 05/02/2010:

BIG BOSTA
Esse programa da Rede Globo que está sendo repetido pela décima vez está ganhando quase a unanimidade. Pra onde você se vira tem gente lhe reprovando. E dizendo que não é o Big Brother Brasil. Seria o Big Bosta Brasil.


FONTE: Coluna Emery Costa - Jornal O Mossoroense (www.jornalomossoroense.com.br), em 05/02/200.



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ENVIADO POR LUIZ CARLOS MARTINS, EM 07/02/2010:

O CORDELISTA  ANTONIO BARRETO COLOCA MUITO BEM O QUE MUITO DE NOS PENSAMOS SOBRE ESTA "CRETINICE" DA GLOBO, QUE SE REPETE PELO DÉCIMO ANO.

 

O educador Antônio Barreto, um dos maiores cordelistas da Bahia,
acaba de retornar ao Brasil com os versos mais afiados que nunca
depois da polêmica causada com o cordel "Caetano Veloso: um sujeito
alfabetizado, deselegante e preconceituoso".


Desta vez o alvo é o anacrônico programa BBB-10 da TV Globo. Nesse
novo cordel intitulado "Big Brother Brasil, um programa imbecil" ele
não deixa pedra sobre pedra. São 25 demolidoras septilhas (estrofes de
7 versos). Só para dar um gostinho:


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.


Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.


Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.


Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.


O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.


Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.


Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.


Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.


Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.


A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.


Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.


Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.


Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.


É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.


Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.


A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.


E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.


E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.


E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.


A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.


Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.


Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
E vamos ficar calados
Diante de enganadores?


Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM.


Salvador, 16 de janeiro de 2010.

Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara, na Bahia.

 

Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente. Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.  Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia. Possui incontáveis trabalhos em jornais, revistas e antologias, com mais de 100 folhetos de cordel publicados sobre temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos. Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.


Onézimo Pinto - Um Amigo.




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